Eu por eu mesma

Entre, e fique a vontade, lembrando que eu postarei algumas vezes usando personagens, coisas e outros... para descrever o meu "eu" interior... Leia sempre as entrelinhas, a proposito... Leia mais o que diz as entrelinhas...
E como dizia o autor: "O poeta é um fingidor.
Finge tão completamente
Que chega a fingir que é dor
A dor que deveras sente." ( Fernando Pessoa)

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

A casa...




A casa estava uma bagunça.. Roupa espalhada, porta aberta, coisas fora do lugar.. Luzes apagadas... não havia espelhos nem quadros, as paredes estavam cinzas.. faltava alguma coisa la dentro, todo som que se fazia.. era oco.. ela chega,  entra, arruma a casa, traz a luz, devolve a cor e por mérito,  recebe a chave da porta, dando assim.. livre acesso aos cômodos que outrora não havia alegria... todos olhavam de longe.. a casa estava linda, la dentro, havia musica, o aspecto era de festa.. nas paredes.. fotografias de dois rostos que se completavam entre si, brilho nos olhos, os cômodos já não eram mais ocos, não haviam mais roupas espalhadas(...)
 
 Ela teve que fazer uma escolha dura, delicada e definitiva... Precisou “abandonar” a casa... levando com ela, toda alegria que aquela casa possuía, saiu sem levar nada, mas levou tudo... deixou a casa vazia da sua delicadeza, brilho e alegria,  levou a musica que saia dos seus lábios e que ecoava como o canto dos pássaros em dias de verão,  apagou as luzes, e nem tão puco o som dos sorrisos longos ficou.. ela trancou a porta...

e quando ia sair, alguém disse: a chave será sempre tua, volte.. ela ( a casa)  continuará aqui esperando ouvir o som da sua voz!

 Hoje a casa está trancada.. não tem mais musica, as luzes estão apagadas.. mas toda a mobília está la dentro... A chave da porta?  Uma ela levou... e a outra esta reservada. (...)

Por- Suelen L. Thomaz

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